sexta-feira, 30 de maio de 2008

Esferograficas

Em meus delírios e devaneios, escrevo
Escrevo mal traçadas linhas sem horizontes
De pura insanidade e loucura
Sem medo do certo ou errado, me aventuro pelas letras

Escrevo
Coloco no papel tudo que no meu peito não cabe
Do silencio faço pouco caso
Do deboche meu companheiro

De sonhos me alimento
Pois tenho medo que a realidade não me sacie
Preciso respirar, me sufoca o cotidiano
Sinto-me fraco e indefeso perante a monotonia
Como um carvalho tento tirar de minhas raízes meu sobreviver
Do passado tiro lições
Do presente graças
Do futuro ...

Luciano Fabre

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Sexta Feira

Quem sou eu ...
Sou o brinquedo esquecido no canto do seu quarto
A digital na sua pele
Sou angústia de não saber o que esta pensando
Sou a mão encolhida, o afago negado
A dor de passar por mim sem me conhecer
O vício de vc
Quem sou eu se não puro ciúmes do seu toque
Das gotas de chuva que escorrem por seu rosto, e tocam seus lábios
Sou tudo aquilo que mais deseja e repudia
Sou seu sonho, seu pesadelo, seu vinculo com a vida
Sou solidão e amargor
Sou seu eterno amor sem escapatória
Sou desalento e dor


Luciano Fabre