sábado, 4 de julho de 2009

Desejos


“E que seja eterno enquanto dure este amor”
E se mesmo após o termino ele ainda durar?
E se o amor ainda arder no peito e a dor não se calar?
Sendo esta dor a única coisa a te manter vivo

Tudo parece não contribuir para a voz do amor calar
Mas é preciso que a mesma se faça acabar
Pois a dor e o pranto, outrora riso e euforia
Agora se tornam latentes e audíveis

Que os tempos de alegria se tornem prantos
Prantos derramados por um amor quase esquecido
Que as juras deste se tornem tortura aos ouvidos

E que toda lembrança não seja esquecida
Mas guardada no fundo do baú da ilusão e decepção
Ate que chegue o tempo que possa reabri-lo
E sem medo recordar de tudo o que foi vivido, sentido, esquecido

E seu coração não mais ouvido
Calado pela dor e sentimento doido
Possa ser consultado

E quem sabe de seu interior ouvido
Um breve e infantil sussurro
Dizendo volta, ainda te amo, ainda te sinto
Ainda te vivo



Luciano Fabre