quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Um tempo de solidão se aproxima
Suas brumas me envolvem e assolam
O abraço do medo sinto a todo instante me tocar
Como se não mais fosse contemplar o amanhã, me desespero

Tento abrir os olhos e enxergar
Mas a escuridão e a angustia me impedem
Tento então gritar por socorro
Mas ninguém a meu redor encontro
A voz embargada pelo choro sai como um fio de som
Lagrimas tistes e silenciosas então brotam
Não as consigo cessar, secar, impedir de rolarem

A dor é crescente e constante, quase insuportável
Um punhal então é cravado em seu alvo
Mas no peito nu e desprotegito ele transpassa e atinge a alma
Esta sem forças sucumbe e morre
Com ela o amor e esperança se vão
O ultimo suspiro é sentido
E tudo recomeça

Luciano Fabre